domingo, 31 de março de 2013



As rendas de sal
que o mar regurgita na areia
trazem com elas musgos e nostalgia
Melodiosa canção irrompe das conchas
que adornam os cabelos da sereia
canto profundo em melancolia
Uma estrela do mar aporta na areia
vem avisar que o oceano passa mal
devolvendo aos poucos tudo o que deglutiu
as algas, os dejetos, os desejos... 

escrotice mundana

Nessa noites frias de inverno
meu mundo desaba ,minha vida vira um inferno
quando lembro do quanto 
quando tudo era um sonho bom.

O tempo passou
e tudo esta acabando com final triste
as paredes do meu quarto caem sobre mim.

Será que isso vai acabar?
é uma fase passageira ou 
um pesadelo sem fim?

Não sei oque fazer 
minhas lagrimas lavam o meu sangue 
pesadelo esse sem fim fecho os olhos

Não enxergo mais nada além da escuridão
meus olhos abrem e enxergo esse mundo imundo 

Odeio essa minha mania de chora a dor do mundo
De me preocupa com essa espécie imunda.

By: Dienny

sábado, 30 de março de 2013

Soneto da separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinícius de Moraes

A UM AUSENTE

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste

Carlos Drummond de Andrade

Não chore ♪


Fale comigo suavemente
Há algo em seus olhos
Não abaixe sua cabeça na tristeza
E por favor, não chore
Eu sei como você se sente por dentroPois eu tambem já me senti assim
Algo está mudando dentro de você
E você não sabe

Não chore esta noite
Eu ainda amo você, querida
Não chore esta noite
Não chore esta noite
Há um paraíso acima de você
E não chore esta noite

Me dê um sussuro
E me dê um suspiro
Me dê um beijo antes de você
Me dizer adeus
Não leve isto tão a sério agora
E por favor, não leve isto tão à mal
Eu ainda estarei pensando em você
E nos momentos que tivemos, querida

E não chore esta noite
Não chore esta noite
Não chore esta noite
Há um paraíso acima de você
E não chore esta noite

E por favor, lembre-se que eu nunca menti
E por favor, lembre-se
Como eu me senti agora, querida
Você tem que fazer seu próprio caminho
Mas você se sentirá bem, doçura
Você se sentirá melhor amanhã
Venha para a luz da manhã agora, querida

E não chore esta noite
E não chore esta noite
E não chore esta noite
Há um paraíso acima de você
E não chore
Nunca chore
Não chore esta noite
Baby, talvez, algum dia
Não chore
Nunca chore
Não chore
Esta noite.
Tradução da musica 
Don't cry -Guns And Roses♥

Lagrimas e chuva ♪


Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê

A noite é muito longa,
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer.
Será que alguma coisa,
Nisso tudo, faz sentido?
A vida é sempre um risco,
Eu tenho medo do perigo.

Lágrimas e chuva
Molham o vidro da janela
Mas ninguém me vê
O mundo é muito injusto
Eu dou plantão nos meus problemas
Que eu quero esquecer

Será que existe alguém
Ou algum motivo importante
Que justifique a vida
Ou pelo menos este instante

Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o fim da história
De mil e uma noites
De suspense no meu quarto

Eu perco o sono e choro
Sei que quase desespero
Mas não sei por quê


A noite é muito longa
Eu sou capaz de certas coisas
Que eu não quis fazer
Quis fazer
Será que existe alguém no mundo?

Eu vou contando as horas
E fico ouvindo passos
Quem sabe o fim da história
De mil e uma noites de suspense no meu quarto
No meu quarto....

Lágrimas depressivas


É assim todo o dia
O sol clareia brando
A lua suaviza meu pranto
Medito sobre minha vida vazia

Lágrimas de suplício
Lágrimas geladas…
Lágrimas desperdiçadas…
Tentando aliviar meu martírio

E eu odeio tudo isso
Odeio sentir essa tortura
Ser seguida por essa amargura
Até já tentei suicídio

Minha lamúria
Meu terror que queima minha alma
Minha mortificação que não me deixa ter calma
Minha eterna fúria

Lágrimas…
Lágrimas de dor
Lágrimas sem amor
Mágoas…

Tentei me afogar
Nessa lamentação inútil
Nesse lamento fútil
Na bruma que disfarça o mar

Mas isso não me protegeu
Só me trouxe mais aflição
Só trouxe minha crucificação
Mas isso não me abateu

Pois, assim como eu
Nesse mundo profano
Sufocado nesse desejo insano
Muita gente morreu…

Nessa imortal depressão

Pensativa...

Mãos no rosto,
como quem esconde o desgosto
Dos dias cinzentos, do lodo,
De uma mente presa,
que pensa o tempo todo.

Solidão que me desatenta,
Tornando-me mais sonolenta
Almejando sonhos de uma alma sedenta
por mais lucidez e clareza.
Pensativa...
Alimento-me de incertezas.

Boca entre aberta...
palavras dispersas,
fagulhas de pensamentos
de uma vida que tem pressa

Oque me resta
nesta tarde sem entregas?
pensamentos que me acompanham
no espectro de uma fresta.

Pensativa...
olhando da janela,
vendo o dia partir com tanta pressa, 
deixando-me em sentinela,
pensando em cada dia
que a vida me leva.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Longe de mim mesmo!

Estou longe de mim mesmo,
vagando em pensamentos,
oprimindo meus sonhos,
desprezando meus desejos.

Longe das fantasias,
longe dos entusiasmos,
vivendo a realidade
sobrevivendo de um passado.

Estou longe de mim mesmo,
vivendo oque mais temo,
de corpo cansado e alma morrendo!
olhos vendados,pés amarrados
punhos fechados ,amargo veneno.

Longe de mim mesmo!

No suicídio dos meus dias ,
eu vou me entorpecendo,
matando as alegrias,
matando-me por dentro.
Estou muito longe !!
Muito longe de mim mesmo!



Eu triste sou calada
Eu brava sou estúpida
Eu lúcida sou chata
Eu gata sou esperta
Eu cega sou vidente
Eu carente sou insana
Eu malandra sou fresca
Eu seca sou vazia 
Eu fria sou distante
Eu quente sou oleosa
Eu prosa sou tantas
Eu santa sou gelada
Eu salgada sou crua
Eu pura sou tentada
Eu sentada sou alta
Eu jovem sou donzela
Eu bela sou fútil
Eu útil sou boa
Eu à toa sou tua.




É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste. 
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia. 
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua. 
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo. 
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar. 
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo. 
Se você errou, peça desculpas... 
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado? 
Se alguém errou com você, perdoa-o... 
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender? 
Se você sente algo, diga... 
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar 
alguém que queira escutar? 
Se alguém reclama de você, ouça... 
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz? 
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível 
Precisamos acreditar, ter fé e lutar 
para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos, 
realidade!!!




Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!

Como um fantasma que se refugia 
Na solidão da natureza morta, 
Por trás dos ermos túmulos, um dia, 
Eu fui refugiar-me à tua porta!

Fazia frio e o frio que fazia
Não era esse que a carne nos contorta...
Cortava assim como em carniçaria
O aço das facas incisivas corta!

Mas tu não vieste ver minha Desgraça!
E eu saí, como quem tudo repele, 
-- Velho caixão a carregar destroços --

Levando apenas na tumba carcaça
O pergaminho singular da pele
E o chocalho fatídico dos ossos!

De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço:

– Meu tempo é quando

Psicologia de um vencid



Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.

Profundíssimamente hipocondríaco, 
Este ambiente me causa repugnância... 
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia 
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas 
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los, 
E há-de deixar-me apenas os cabelos, 

                                                      Na frialdade inorgânica da terra!

domingo, 24 de março de 2013

Lábios traiçoeiros


Beijei os lábios da noite...
Sentenciando minha pena
e como testemunha eu tinha 
somente as estrelas.
 
Lábios que profanaram...
em beijos que me ardiam...
sem dizer nenhuma palavra
apenas me possuíam.
Naquela noite eu sabia...
que os beijos da noite eram passageiros
como a luz do dia...
Eram lábios 
vagos na escuridão
covardes e arredios
que beijavam e traiam 
sem pedirem perdão.
Lábios traiçoeiros,
eu já sabia
que me negarias como um judas 
antes que clareasse o dia.
Amor é quando é concedido participar um pouco mais.
Amor é a grande desilusão de tudo mais.
Amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter inclusive amor. É a desilusão do que se pensava que era amor. Amor não é prêmio por isso não envaidece.
Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calmo e perdôo logo. Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre.

...

Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil.