terça-feira, 25 de junho de 2013

EU

Ela não é um simples diamante à ser lapidado, é praticamente uma pedra bruta totalmente irregular, e cheia de falhas. Ela é um mergulho nas profundezas do insano, do paradisíaco, do nada convencional. Não é nenhuma princesinha, sempre quis ser bem mais forte, um tanque de guerra se preciso, com uma crosta de sensibilidade, essa muito bem escondida, não ousa tentar mostra-se fraca ou impotente em algum sentido, tem muito orgulho pra deixar assim ser. Chora em silencio e berra palavrões aos quatro ventos, sente-se acuada em meio a estranhos, e uma abestada em meio aos seus mais próximos ditos amigos, amigos por assim dizer, pois nenhum a conhece verdadeiramente, ninguém tenta desvendar o que há em sua mente transbordada de coisas invisíveis, todos tem medo, ela espanta quem tenta ultrapassar sua barreira de greenwich, mas ao mesmo tempo tenta revelar-se, quer que os outros a desvendem, que adivinhem, que a protejam, que a amem, que a deem razão por ser assim tão atraída pelo seu jeito fechado, vazio por fora, e inundado de ilusões por dentro. Educada para ser uma armadura, mas é um simples tecido podre bem usado. Uma doce garota azeda, com um toque de pimenta, mas que chega a subir a pressão de tão sal a gosto que é. Não é nenhum pouco de lua, é de nuvem mesmo, cada uma com um formato, um novo desafio, uma história, um fascínio, nenhuma bem descrita, bem vista, muitas vezes finas, outras grossas a tender tempestades, muitas refrescantes, outras encobertas, nenhuma compreendida. Um joguinho cheio de esquemas, precisão de tetris, concentração de xadrez, esperteza de pôquer, agilidade de queimada. Um labirinto com muitas saídas, mas nenhuma chega a lugar algum, pois nem mesmo ela é capaz de se entender. Critica de filosofo, sentimentos de puberdade, lógica de nada, opiniões pra tudo. Uma garotinha com uma vida boba, mas relevante a si mesma.

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